segunda-feira, 30 de maio de 2011

Alice despedaçada

Sonhei com outro presente para mim, que não incluísse bebedeira e filhos bastardos para criar. As meias arrastão e a jogatina acompanhada de bebida forte me abrandavam devaneios. Mas minha perdição era a fumaça do cigarro que me fazia voar.
Veio cair em minha mão nada mais que um ás e uma rainha de copas. Olhava para as expressões pacíficas de outros jogadores, mas aquele jogo era o que menos importava. Sem xícaras de chá ou botões na lapela do Chapeleiro Louco, dodôs ou qualquer outra coisa que viesse da terra dos espelhos, eu era igual a todas as outras.
Não fosse aquela rainha de copas mal me lembraria de quem fui.