Procuravam as verdades imperfeitas, um nos olhos do outro. Mas só se viam mentindo, refletidos em espelhos da alma.
Peregrinos nesse caminhar incerto, tentando se encontrar noutro.
Suas farpas e espinhos eram agudos e certeiros, não podiam ver que estavam perdidos e talvez jamais se encontrassem.
Quem sabe não quisessem mesmo se encontrar, não assumissem que a liberdade é obtusa ao extremo e seus corações fracos demais?
Quem sabe não quisessem arcar com a consequências de suas escolhas mal feitas e destilassem seu veneno de impossibilidades um no outro?
Quem sabe?
O certo é que estavam juntos, e que se odiavam mutuamente, mas nenhum se rendia ao abandono.
Antes mal acompanhado que só!
Um comentário:
concordo contigo: até má companhia é bom para se crescer na vida.
Vai be. Sempre foi, né?
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