
e quando acorda nada diz
enquanto ela veste o manto negro
e sai
desce as escadas
sem olhar pra trás
tomada de algo novo
quase nocivo
rememora o caminho
de volta e ignora
a Constante Ramos
com a Barata Ribeiro
esquece suas unhas carmim
que defloraram o úbere
e as horas insones
sobre o dorso dele
dorme,
que foi só um sonho bom
e ela só levou sua pele
sob as unhas
e deixou gozo sobre seus ais
a mulher adormece deusa
e acorda puta
cata suas sombras
disformes, inodoras
e some
dorme,
e quando acordar nada diz
enquanto ele se cala sob o negro
e vai.
5 comentários:
esse olhar sobre um cotidiano particular é fascinante. olhar de quem tem sensibilidade e vivência literária. e leva a poesia encravada sob as unhas. muito belo.
beijo.
ME SIGA QUE EU TE SIGO,,,
UMA MANEIRA DE NOSSOS BLOGS SE EXPALHAREM MAIS FACILMENTE...DIVULQUE ESSA IDEIA..OBRIGADO
Celso,
quanto me sinto extasiada com essas suas palavras, beijo!
Maravilhoso!!
Voce tem o dom divino das palavras que nos encantam a alma!!!
Um beijo,
Reggina Moon
Que belo, mas precisamos tanto de retornos!
Bjus!
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